29 de maio de 2010

O Dia


A espera, a expectativa, olhos ambiciosos e ambivalentes cruzando a monotonia caótica do ir e vir dos passantes. Atente aos ruídos mais incertos, às piscadelas ansiosas, e aos trejeitos dos braços em volta das cinturas. Cuidado com aquilo que você conhece demais, desbravando outros mundos tive a sensação de ir a Marte, batalhar guerras sem vitórias, lutas que não findam, coisa sem retoque, como a maquiagem branca no rosto da branca de neve com lábios escarlates de sangue venal. Os vampiros estão à solta e comem corações derretidos com vodka barata. O sol amanheceu em dia nublado, e voltei para casa seguro e solitários chutando pedaços de concreto pelo caminho sem direção.

Um comentário:

  1. é, batata... o caminho sem direção costuma ser a única coisa certa na transição dos dias.

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